Os-suburbios-do-seu-coração
Com três discos lançados, o Arcade Fire se comporta com uma banda que tem muito mais história. Funeral, de 2004, é um dos melhores debuts da década passada; o conceitual (e mais difícil) Neon Bible, gravado durante 2006 em uma igreja condenada no Quebec, passou longe da popular “crise do segundo disco” – e, de quebra, apareceu com um dos projetos gráficos mais incríveis dos últimos anos.
Se houvesse uma crise do terceiro disco, o septeto canadense também não se sentiria ameaçado.The Suburbs é um disco de 16 faixas, de letras tristes e intensas, com arranjos sofisticados,vocais calmos e atmosféricos, amarrados pela levada eletrônica, alguns efeitos e uma pitadinha de música erudita. Enfim, o que se espera de uma banda canadense.A música que dá nome ao disco, dá a partida no carro, abrindo as ruas do subúrbio de maneira fenomenal,convidando o ouvinte com um refrão sentimental e uma pegada contagiante, à escutar Ready to Start que vem logo em seguida.
Mais versos de Régine Chassagne e uma maior participação de Owen Pallett não fariam mal a ninguém – mas, quando os dois aparecem, HAJA CORAÇÃO. Os violinos frenéticos abafam a guitarra distorcida e o rock jovial de “Empty Room”, em que Régine, com versos tímidos em francês, consegue conquistar qualquer um.
Win Butler soa saudosista em algumas faixas. Aliás, essa é a primeira impressão que o disco passa com “The Suburbs”, música carregada por uma baladinha no piano com cara de anos 60. O mesmo piano eficiente reaparece em “We Used To Wait”, mais uma composição que dá gosto cantar junto. Não pela primeira vez, o Arcade Fire se destaca como um grupo de letristas praticamente impecáveis.The Suburbs não tem uma música mediana sequer – a única coisa que você vai ouvir nele são hinos ainda não descobertos (e, para te ajudar a descobrir isso, nada melhor do que ouvir o disco no shuffle/random algumas vezes). Em alguns casos, como “Rococo”, o termo “hino” pode ser levado ao pé da letra.
As investidas do septeto em uma pegada mais leve e doce, como a da inesquecível “Crown of Love” (Funeral, 2004), não falham.“Half Light” não é o ápice do disco, mas “Suburban War” compensa o que ela fica devendo. Alguns versos de “The Suburbs” reaparecem aqui, com uma nova melodia, acompanhados por notas de guitarra que podem te lembrar daquela música do Blink 182 (Adam's Song)
Os subúrbios vão indo embora em baixo tom com o segundo round de “The Suburbs”, mais curto e dramático, parecendo um desabafo choroso de um Win Butler mais nostálgico e criativo do que nunca:
“Se eu pudesse ter de volta o tempo que desperdiçamos, sei que eu adoraria desperdiçá-lo novamente"
Link para Download:
As investidas do septeto em uma pegada mais leve e doce, como a da inesquecível “Crown of Love” (Funeral, 2004), não falham.“Half Light” não é o ápice do disco, mas “Suburban War” compensa o que ela fica devendo. Alguns versos de “The Suburbs” reaparecem aqui, com uma nova melodia, acompanhados por notas de guitarra que podem te lembrar daquela música do Blink 182 (Adam's Song)
Os subúrbios vão indo embora em baixo tom com o segundo round de “The Suburbs”, mais curto e dramático, parecendo um desabafo choroso de um Win Butler mais nostálgico e criativo do que nunca:
“Se eu pudesse ter de volta o tempo que desperdiçamos, sei que eu adoraria desperdiçá-lo novamente"
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Rafael Soares
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