sábado, 12 de novembro de 2011

Foster The People

Sempre que assisto David Letterman volta e meia ele me apresenta um sketch minúsculo chamado "Is this something?", onde as cortinas do palco se abrem rapidamente para atrações diversas como mulheres cuspindo fogo ou filas indianas de poodles coloridos e ele julga ali em 10 segundos se aquilo "é alguma coisa ou não". Muitas vezes, quem escreve sobre música se coloca nessa situação: isso vale alguma coisa? Grandes julgamentos de valores, comparações com outros artistas, análises profundas de elementos harmônicos, melódicos e rítmicos, potencialidades.... enfim, uma grande balela, quando muitas vezes o que importa é aquilo que se ouve rapidamente e a resposta do público, que muitas vezes se diverte com a mulher semi-nua cuspindo fogo

O rótulo de Indie Pop que, geralmente, se dá ao Foster The People é, de certa forma, muito genérico. O quinteto, liderado por Mark Foster, (que além de emprestar seu nome ao grupo, comanda os teclados, sintetizadores, guitarras e a voz) foi formado em 2009 e mescla o Rock oitentista com um pouco do já conhecido Punk californiano e, principalmente, com o Pop. Logo no início do ano, o Foster The People lançou seu primeiro EP que trouxe muita popularidade ao grupo na cena underground mundial (blogs, festivais, etc.) e criou toda uma expectativa para o primeiro disco, Torches, lançado em maio. Suas 10 faixas, carregadas da energia que, às vezes, somente uma banda em começo de carreira consegue passar, se transformaram em clássicos hypes de 2011.

 A realidade desta jovem banda americana é que o primeiro disco de sua carreira evoca a simples e irrestrita atmosfera FUN de outros conjuntos que não ficaram marcados na história como o primor do avanço técnico musical, mas que fizeram muita gente dançar ao longo de suas carreiras. Happy Mondays, Soup Dragons, New Radicals, Junior Senior. "Call it What You Want" é exemplo clássico disso, uma faixa uptempo com vocais em coro e um piano que evangeliza sobre o ato de se divertir.


O que é legal sobre o Foster The People é que apesar de lembrar muito essas outras bandas pela sua aura de diversão, não cai no revival e utiliza sonoridades bem conhecidas do século XXI para alcançar a sua meta final. O single "Helena The Beat", a primeira música do disco, é assim e traz uma batida electrohouse junto de uma estrutura clássica verso-refrão-verso. Refrão esse dos mais grudentos imagináveis.



"Is this something"? O disco Torches não responde claramente esta pergunta. Podemos dizer que sim enquanto o público dança e se diverte. 



Link para Download:
Foster The People - Torches


Ps: Este post vai para minha amiga Isabella Ribeiro (Zabelina, Bebela, Bebel), que disse estar viciada na banda por minha culpa. : )

Um comentário:

  1. aaaaaaaaaaaah que lindo você *-*
    E sim, tô muita viciada neles, escuto o dia todo e não me canso, mas é impossível não gostar, eles são muuuito bons (:

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